O ano de 2011 foi cheio de acontecimentos que chocaram a humanidade como o atentado às torres gêmeas. Mas bem antes disso, minha vida sofreu o pior de todos os golpes: uma das poucas (senão única) alegrias que eu tinha na vida que era ver aqueles que fizeram não só a trilha sonora da minha vida e seus principais momentos, mas criaram um novo jeito de ser, e participar de um ritual que era assistir a seus shows com os ''amigos'' e todos gritarmos, berrarmos celebrando a energia de estarmos vivos e podermos mudar os erros deste mundo, perdeu-se para sempre. Jeffrey Hyman, o meu amado ídolo Joey Ramone, após longo sofrimento e ter derrotado uma vez uma doença terrível que é o cancer, teve uma recaída e após um período de melhora que deixou tranquilo Marky Ramone (naquéla época passando um semestre inteiro na América do Sul e longo tempo na cidade em que nasci e morei a maior parte da vida - São Paulo) faleceu no dia 15 de abril de 2001.
Este dia também matou o último sopro de juventude que eu pudesse ter, a última esperança de poder esperá-lo no aeroporto, ir ao hotel conversar com ele, mesmo que por poucos minutos e me abriu os olhos para uma série de mentiras que eu andava vivendo, mais atenta a esperar por suas ocasionais vindas ao Brasil que perceber que viva cercada de falsidade, interesse e ganância. Neste mesma época, houve a privatização de quase tudo no Brasil e milhões de pessoas ficaram desempregadas em idade considerada obsoleta pelo mercado de trabalho. Sabíamos que o último dia de trabalho poderia ser o último dia trabalhando e tendo um salário para o resto de nossas vidas. E que aposentadoria, só para quem cumprisse a pena de 35 anos contribuindo para o INSS e vivesse até os 75 anos.
Some-se a isso assaltos, alagamentos e a violência já tradicional de São Paulo e você entenderá meu desgosto em viver.
Mas eu tinha uma filha pequena, minha Little Ramona, e por causa dela, fui começar tudo de novo bem longe, no meio do mato, ao lado de uma cidade pequena, mas com o que a opinião pública pensa que é uma infra estrutura, Curitiba, e ali só adicionei a esta receita mais discriminação, assédios e violências.
Parti de novo e agora, quando esta data nefasta completa uma década, um acontecimento veio a sacudir os fãs que tão carinhosamente mantém a memória de meu ídolo viva: o livro I slept with Joey Ramone escrito por seu irmão: Mitch.
Mickey Leigh, seu nome artístico, era até então muito querido por mim e pelo líder do Fã clube e meu amigo, Douglas Ramone. Acostumados ao jeito tímido e ao literalmente imenso líder dos Ramones e de uma geração, ficamos todos muito felizes e ansiosos para ler o livro.
Eu o comprei assim que foi disponibilizada reserva pela Simon and Schuster e demorei dois meses para o recebimento.
Assim que ele chegou, eu o devorei (600 páginas) em quatro dias. Ri, chorei e me emocionei muito com o livro e o traduzi em 25 dias. Então decidi buscar apoio na comunidade de fãs para sua publicação e divulgação.
Ali já começaram os problemas:
- insultos
-acusações
-ridicularização
e a cereja no bolo: um garoto espalhou que Mickey tinha escolhido um garoto para fazer a tradução.
Não pude confirmar a verdade deste argumento, mas ele deixou bem claro que eu seria processada se publicasse o que quer que seja.
Então Mickey Leigh veio ao Brasil (pasmem) com Ritchie Ramone. Um Ramone desaparecido há tempos, e que sempre se recusava a vir ao Brasil quando contatado. Porque Mickey veio ao Brasil se seu livro não seria lançado? Porque ele se tornou sócio de um amigo que morava no Rio de Janeiro e abriram uma loja com o nome Joey Ramone Place. Que eu bestamente divulguei, inclusive. E ele veio para a inauguração.
Apesar de ter contato com ele no Myspace, no facebook e no twitter, eu achava estranho que, ao contrário do Marky, CJ e Tommy, ele na maioria das vezes ignorava minhas mensagens ou demorava para responder.
E quando veio ao Brasil, não foi diferente. Ele me ignorou completamente. Deixou bem claro que não estava nem um pouco interessado em pessoas comuns e apenas em trazer uma artista de novela da globo e divulgar (c0mo se ela precisasse de publicidade), deixando que ela assassinasse clássicos dos Ramones no famigerado show.
O pen drive com a tradução do livro foi parar no fundo de um armário. Muita coisa se perdeu.
Mas, meu amor pelo Joey e pelos Ramones, que tanto influenciaram a minha auto estima exacerbada e minha personalidade e modo de viver, nunca acabaram.
Por isso, aqui está minha visão do livro, que tem relatos não confirmados e até negados pelos demais Ramones.
Isso descarta qualquer possibilidade de invejosos, arruaceiros e similares incitarem algum tipo de ação legal.
Espero poder compartilhar com os ocasionais fãs e leitores perdidos nestas páginas o que soube deste grande e inesquecível personagem, que cantava:
I don´t care about history
that´s not where I wanna be
eu não ligo para a história
não é onde quero estar.
Mesmo assim, e talvez até por ter ousado ser original, Joey, o tímido Jeffrey, entrou para a história.
Este dia também matou o último sopro de juventude que eu pudesse ter, a última esperança de poder esperá-lo no aeroporto, ir ao hotel conversar com ele, mesmo que por poucos minutos e me abriu os olhos para uma série de mentiras que eu andava vivendo, mais atenta a esperar por suas ocasionais vindas ao Brasil que perceber que viva cercada de falsidade, interesse e ganância. Neste mesma época, houve a privatização de quase tudo no Brasil e milhões de pessoas ficaram desempregadas em idade considerada obsoleta pelo mercado de trabalho. Sabíamos que o último dia de trabalho poderia ser o último dia trabalhando e tendo um salário para o resto de nossas vidas. E que aposentadoria, só para quem cumprisse a pena de 35 anos contribuindo para o INSS e vivesse até os 75 anos.
Some-se a isso assaltos, alagamentos e a violência já tradicional de São Paulo e você entenderá meu desgosto em viver.
Mas eu tinha uma filha pequena, minha Little Ramona, e por causa dela, fui começar tudo de novo bem longe, no meio do mato, ao lado de uma cidade pequena, mas com o que a opinião pública pensa que é uma infra estrutura, Curitiba, e ali só adicionei a esta receita mais discriminação, assédios e violências.
Parti de novo e agora, quando esta data nefasta completa uma década, um acontecimento veio a sacudir os fãs que tão carinhosamente mantém a memória de meu ídolo viva: o livro I slept with Joey Ramone escrito por seu irmão: Mitch.
Mickey Leigh, seu nome artístico, era até então muito querido por mim e pelo líder do Fã clube e meu amigo, Douglas Ramone. Acostumados ao jeito tímido e ao literalmente imenso líder dos Ramones e de uma geração, ficamos todos muito felizes e ansiosos para ler o livro.
Eu o comprei assim que foi disponibilizada reserva pela Simon and Schuster e demorei dois meses para o recebimento.
Assim que ele chegou, eu o devorei (600 páginas) em quatro dias. Ri, chorei e me emocionei muito com o livro e o traduzi em 25 dias. Então decidi buscar apoio na comunidade de fãs para sua publicação e divulgação.
Ali já começaram os problemas:
- insultos
-acusações
-ridicularização
e a cereja no bolo: um garoto espalhou que Mickey tinha escolhido um garoto para fazer a tradução.
Não pude confirmar a verdade deste argumento, mas ele deixou bem claro que eu seria processada se publicasse o que quer que seja.
Então Mickey Leigh veio ao Brasil (pasmem) com Ritchie Ramone. Um Ramone desaparecido há tempos, e que sempre se recusava a vir ao Brasil quando contatado. Porque Mickey veio ao Brasil se seu livro não seria lançado? Porque ele se tornou sócio de um amigo que morava no Rio de Janeiro e abriram uma loja com o nome Joey Ramone Place. Que eu bestamente divulguei, inclusive. E ele veio para a inauguração.
Apesar de ter contato com ele no Myspace, no facebook e no twitter, eu achava estranho que, ao contrário do Marky, CJ e Tommy, ele na maioria das vezes ignorava minhas mensagens ou demorava para responder.E quando veio ao Brasil, não foi diferente. Ele me ignorou completamente. Deixou bem claro que não estava nem um pouco interessado em pessoas comuns e apenas em trazer uma artista de novela da globo e divulgar (c0mo se ela precisasse de publicidade), deixando que ela assassinasse clássicos dos Ramones no famigerado show.
O pen drive com a tradução do livro foi parar no fundo de um armário. Muita coisa se perdeu.
Mas, meu amor pelo Joey e pelos Ramones, que tanto influenciaram a minha auto estima exacerbada e minha personalidade e modo de viver, nunca acabaram.
Por isso, aqui está minha visão do livro, que tem relatos não confirmados e até negados pelos demais Ramones.
Isso descarta qualquer possibilidade de invejosos, arruaceiros e similares incitarem algum tipo de ação legal.
Espero poder compartilhar com os ocasionais fãs e leitores perdidos nestas páginas o que soube deste grande e inesquecível personagem, que cantava:
I don´t care about history
that´s not where I wanna be
eu não ligo para a história
não é onde quero estar.
Mesmo assim, e talvez até por ter ousado ser original, Joey, o tímido Jeffrey, entrou para a história.

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